sábado, 6 de dezembro de 2014

EDUCAÇÃO FINANCEIRA 

“A educação financeira é o processo mediante o qual os consumidores   melhoram a sua compreensão em relação aos produtos financeiros, conceito e riscos e desenvolvem, com informação, formação e orientações claras, as competências e a confiança necessárias para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos em matéria financeira, fazerem escolhas informadas, saberem onde procurar ajuda e adotarem outras ações que melhorem o seu bem-estar financeiro"
Recommendation on Principles and Good Practices for Financial Education and Awareness. OCDE (2005), disponível em http://www.oecd.org/dataoecd/7/17/35108560.pdf


Dos Princípios e Recomendações da OCDE, alguns dos considerados mais relevantes (1)

1. A educação financeira deve ser promovida de uma forma justa e equilibrada.

2. Os programas de educação financeira devem focar prioridades que, de acordo com as circunstâncias nacionais, podem incluir aspetos básicos de um planeamento financeiro, como as decisões de poupança, de endividamento, de contratação de seguros, bem como conceitos elementares de matemática e de economia.
3. A promoção da educação financeira não deve substituir-se à regulação financeira, essencial para a proteção dos consumidores, mas sim complementá-la.
4. A educação financeira deve ser considerada como um processo permanente e contínuo, ao longo da vida, acompanhando a evolução dos mercados e das necessidades nas diferentes etapas da vida e, ainda, a complexidade crescente da informação.

5. Deve ser estimulada a realização de campanhas nacionais que consciencializem a população para a necessidade de melhorar a compreensão dos riscos financeiros e de encontrar formas de se proteger desses riscos através de poupanças, seguros ou educação financeira.

6. Devem ser criados sites específicos que ofereçam informações gratuitas e de utilidade pública.

7. As instituições financeiras devem ser encorajadas a distinguir entre educação financeira e informação financeira de carácter comercial.

8. A educação financeira deve começar na escola, tão cedo quanto possível.

9. Os programas devem ser orientados para a construção da competência financeira, devendo ser adequados a grupos específicos e elaborados da forma mais personalizada possível.

10. Nos programas que privilegiem a educação financeira na sala de aula, deve-se promover a formação dos professores. Neste aspeto, convém encorajar programas de formação de formadores e disponibilizar material e ferramentas de apoio.

(1)Seleção contida na Revista Noésis, n. 83, Outubro/Dezembro 2010, pág. 29.

Sem comentários:

Enviar um comentário