Há 20 anos que os portugueses não poupavam tão pouco
Inserido em 31-10-2016 06:15
Há 20 anos que os portugueses não poupavam tão pouco. Só metade das famílias tem
o hábito de pôr dinheiro de parte e o ano passado só 4,4% do rendimento disponível
ficou por gastar.
o hábito de pôr dinheiro de parte e o ano passado só 4,4% do rendimento disponível
ficou por gastar.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de poupança das
famílias portuguesas (e das sociedades sem fins lucrativos que as apoiam) representou
4,4% do rendimento disponível em 2015, uma nova descida face a 2014, quando as
famílias conseguiam poupar 5,2% do seu rendimento.
famílias portuguesas (e das sociedades sem fins lucrativos que as apoiam) representou
4,4% do rendimento disponível em 2015, uma nova descida face a 2014, quando as
famílias conseguiam poupar 5,2% do seu rendimento.
Em 1995, o primeiro ano para o qual o INE disponibiliza estes dados, esta taxa de
poupança representava 12,5% do rendimento disponível (o valor mais alto da série),
descendo para 7,5% em 2011, o ano em que Portugal recorreu a ajuda financeira
externa, tendo depois iniciado um processo de recuperação, ainda que moderado.
poupança representava 12,5% do rendimento disponível (o valor mais alto da série),
descendo para 7,5% em 2011, o ano em que Portugal recorreu a ajuda financeira
externa, tendo depois iniciado um processo de recuperação, ainda que moderado.
Essa tendência inverteu-se em 2014, quando a taxa de poupança das famílias
desceu face ao ano anterior, atingindo 5,2%, uma queda que se manteve em
2015 e, pelo menos, na primeira metade deste ano.
desceu face ao ano anterior, atingindo 5,2%, uma queda que se manteve em
2015 e, pelo menos, na primeira metade deste ano.
Os números referentes a 2016, ainda trimestrais, indicam que este indicador
continuou a cair este ano, atingindo os 3,9% do rendimento das famílias no ano
terminado em Junho último.
continuou a cair este ano, atingindo os 3,9% do rendimento das famílias no ano
terminado em Junho último.
Também o Banco de Portugal (BdP) apresenta dados para os níveis de poupança
das famílias e que são semelhantes aos do INE, apontando para uma taxa de poupança
dos particulares de 4,3% do rendimento disponível em Dezembro de 2015 e de 3,5%
em Março deste ano.
das famílias e que são semelhantes aos do INE, apontando para uma taxa de poupança
dos particulares de 4,3% do rendimento disponível em Dezembro de 2015 e de 3,5%
em Março deste ano.
Já os depósitos dos particulares nos bancos comerciais, um dos instrumentos
de poupança mais comuns, ultrapassaram os 137.000 milhões de euros em Dezembro
de 2015.
de poupança mais comuns, ultrapassaram os 137.000 milhões de euros em Dezembro
de 2015.
Poupa-se para fazer férias
quem poupa tem em vista pagar férias e viagens, ou substituir bens duradouros,
e não pagar despesas imprevistas, revela um estudo do Banco de Portugal.
Economizar dinheiro é um hábito de pouco mais de metade (59%) dos mais de mil
inquiridos pelo banco central sobre literacia financeira no ano passado, mas o
número aumentou face aos 52% apurados no inquérito anterior realizado em 2010.
inquiridos pelo banco central sobre literacia financeira no ano passado, mas o
número aumentou face aos 52% apurados no inquérito anterior realizado em 2010.
Nesses cinco anos, apesar de ter aumentado o número de inquiridos a poupar,
manteve-se o principal motivo alegado pelos que não poupam, existindo em
ambos os anos 88% de entrevistados a apontar o baixo nível de rendimento
como a razão de não conseguirem poupar.
manteve-se o principal motivo alegado pelos que não poupam, existindo em
ambos os anos 88% de entrevistados a apontar o baixo nível de rendimento
como a razão de não conseguirem poupar.
Entre os entrevistados que afirmaram ter poupado em 2015, há menos, face aos
resultados apurados em 2010, que poupam para despesas imprevistas 58% em
2010, contra 44,8% em 2015, mas são mais os que estão preocupados com
o planeamento de despesas futuras.
resultados apurados em 2010, que poupam para despesas imprevistas 58% em
2010, contra 44,8% em 2015, mas são mais os que estão preocupados com
o planeamento de despesas futuras.
O número de entrevistados que diz poupar para fazer face a despesas não
regulares, como gastos com férias e viagens de lazer, aumentou de 14,9% em
2010 para 23,9% em 2015, e os que poupam para adquirir bens duradouros
subiu de 8,1% em 2010 para 20,8% no ano passado.
regulares, como gastos com férias e viagens de lazer, aumentou de 14,9% em
2010 para 23,9% em 2015, e os que poupam para adquirir bens duradouros
subiu de 8,1% em 2010 para 20,8% no ano passado.
Hoje assinala-se o Dia Mundial da Poupança, que foi criado em 1924, no
I Congresso Internacional de Economia, realizado na cidade italiana de Milão.
I Congresso Internacional de Economia, realizado na cidade italiana de Milão.
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